Björk é fã de Titica, mas quem são os seus ídolos?
“Gosto muito de Beyoncé, Rihanna e Ary [famosa cantora angolana de kizomba, com
quem gravou o hit Olha o Boneco]. Também gosto muito de Ivete Sangalo, ela é o
máximo”.
Titica não sabe quem é Björk, mas Björk conhece muito bem o trabalho de Titica.
Nascida em Angola como Teca Miguel Garcia, a cantora adotou seu nome feminino
quando veio ao Brasil para implantar suas próteses de silicone, em 2009.
Aos 25 anos de idade, Titica é muito mais do que um ícone gay ou uma transexual
bem sucedida. Ela é o novo rosto do kuduro, um gênero nascido na periferia de
Luanda, que mistura dança, rap, batidas eletrônicas e ritmos da cultura local
como o semba e a kizomba.
Então você gosta de música brasileira?
“Eu amo Ivete Sangalo. Queria gravar uma música com ela. Também gosto do Latino
e de forró. Conheço um grupo que chama Aviões do Forró. É uma música para
dançar coladinho, gosto do ritmo. Tem também aquela mulher, a Tati Quebra
Barraco, que canta uma música que fala ‘agora eu sou solteira e ninguém vai me
segurar’.”
Já ouviu o funk carioca? “Sim, sou doida por funk. Fui a um baile e é muito
parecido com as raves [como são conhecidas as festas de kuduro em Angola]. As
roupas, as danças, as batidas. A única coisa que não se parece muito são as
letras. O funk lembra é mais cantado, é o kuduro mais ritmado, como o rap. No
Brasil eu percebi que os homens só cantam, mas lá em Angola todo mundo dança.”
A entrevista foi concedida para o Vírgula
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