sábado, 22 de setembro de 2012

Conheça e se emocione com a primeira história escolhida


Toda alma é uma música que se toca. – Rubens Alves
É assim que eu começo.
Tocava clarineta em uma Filarmônica na cidade de Lençóis/Chapada Diamantina – BA desde os nove anos e tive que deixar a música de lado quando passei a morar em Salvador. A minha vinda à capital, como a maioria das pessoas que moram no interior, era exclusivamente para estudar.  Na época, estava determinada a cursar Jornalismo, porque infelizmente nosso país ainda deixa a desejar no quesito Música e por conta disso, aos olhos “padrões”, a realização de um profissional dessa área é ilusória.
Depois de três tentativas na Universidade Federal da Bahia, desisti! Resolvi apenas trabalhar. E é aí que entra Ivete!  
Início de maio de 2007, como todo fã, eu já estava com a cabeça a mil pensando no que fazer para presenteá-la. O que fazer para uma pessoa que já tem tudo? A minha lista de presentes já havia esgotado, mas de repente veio uma luz no fim do túnel. Por que não uma música? Tocaria uma música do DVD do Maracanã… PLIIN!  YES! UHUHUHU! Ideia perfeita até o momento de perceber que não existia mais uma clarineta. Eu havia vendido o instrumento justamente pra ir ao Carnatal (Micareta fora de época da cidade de Natal) vê-la. Que ironia do destino, não é?
Resultado: Fiquei louca procurando uma clarineta pra conseguir tocar e tudo caminhava para dar errado! Uma amiga que estava disposta a emprestar-me foi embora da Bahia na mesma semana e a outra clarineta que eu consegui estava com a chave quebrada (Ô luta!). Entretanto, como para tudo dá-se um jeitinho brasileiro, amarrei uma daquelas borrachinhas amarelas de banco na “chave” quebrada e fui direto ao aeroporto na cara e na coragem que Deus me deu.
Foi um dos encontros mais especiais que já tive com Ivete.  Em 27.05.2007, no dia do seu aniversário, toquei a música “Eu sei que vou te amar” na clarineta em sua homenagem.
Não me perguntem como consegui, porque eu tremia da cabeça aos pés, igualzinho a vara verde, sabe? Coisa mais pretensiosa fazer um “show” para a maior artista do país, não é verdade?  Mas a intenção era emocioná-la e Ivete sempre muito carinhosa, ouviu a música com toda a atenção.  
No fim: Ganhei um abraço, um sorriso, um agradecimento e em mim transbordava uma sensação indescritível de felicidade (Menina, chorei, viu? Misericórdia! Não coube em mim tanta emoção, não… Ahahaha)!
Nos anos seguintes ainda me atrevi a tocar mais duas vezes e sempre faço vídeos para homenageá-la. Sou dessas fãs que enchem a sacolinha! (risos)
Falando sério, não sou artista famosa, ou uma instrumentista conceituada na sociedade, mas ainda assim, ela presta atenção com toda simplicidade quando o faço e apenas ouve o que o meu coração tem a dizer. Ele diz:
- Meu amor está para você assim como a música está para alma.
Minha gente, só isso me importa! Essa emoção de exprimir um sentimento através da música e tocar o coração de alguém é o que eleva a minha alma à plenitude.
Hoje tenho certeza de que a música é o meu destino. Tomo aulas de clarineta, pretendo aprender um instrumento harmônico para cursar Licenciatura em Música na UFBA.  E não tenho pressa, tenho a certeza de que tudo vai acontecer no momento certo!
Deixei de me importar com o que a sociedade impõe, em viver assim ou viver assado.
Eu quero é VIVER de MÚSICA! 

Carol Miranda

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